quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O meu diario.


Quando tinha 12anos, comecei a escrever em um caderno que lhe dei o nome de diário. Com o tempo quis algo mais legal como escrever em um diário de verdade com folhas cheias de bordados e frescura de meninas. O certo é que passei um bom tempo escrevendo a minha vidinha louca naqueles papeis cheios de detalhes que disfarçavam a minha letra feia e pequena de mais. Nas noites quando chegava da praça ou de alguma calçada com amigos, eu logo pegava o diário e escrevia ali os meus pensamento e as ocorrências do dia, pra não correr o risco de esquecer. Quantas vezes fiz um b.o no meu diário sobre as  diz avenças com amigos e família.
E morria de medo de alguém pegar o meu diário e ler todos aqueles segredos, mas a verdade é que se ficou registrado por mim, alguém um dia iria ler eu não pensei nisso. Me lembro bem de um dia quando cheguei em casa  e encontrei o meu pai com o meu diário na mão, é o mundo caiu por alguns minutos e se foi desculpa ou não ele me entregou o diário e falou que a minha cachorrinha estava com ele pela casa. Logo eu verifiquei se era verdade fui lá perguntar a cachorra(rsrs) brincadeira, eu olhei pra ver se não tinha uma marquinha de dente e de fato tinha.ufa!
Mas eu sei que minha mãe pegou pra ler, lógico mulheres adoram ser curiosas e a minha mãe não podia ser diferente, mas o certo é que eu não tinha matado ninguém a não ser algumas curiosidades como o primeiro beijo, o amor platónico e os foras que ele me davam com o olhar, algumas criticas sobre defeito de amigos. Logo a minha mãe não tinha o por que me mandar para prisão, já que o meu belo diário não passava de um livro com pequenos trechos da minha vida e pensamentos bobos de uma adolescente que na época tinha um mundo que aos poucos perdia suas fadas, seus príncipes e seu castelo.


PS: Saudades de você meu diário,por que me deixou muitas das vezes molhar as tuas folhas  e guardou ali as marcas com a caneta ficou manchada.